De um lado, a China, potência econômica do presente e futuro império, temida pelo mundo ocidental e ainda, um dragão desconhecido. Seja pela dificuldade do idioma, pelas diferenças culturais ou pelo cerco às informações de um governo ditatorial. De outro, Ai Wei Wei, artista e ativista político chinês, filho de um famoso poeta do partido comunista e nomeado a uma das mais importantes figuras da arte contemporânea nos dias de hoje.

No meio disso, lançado no festival de Sundance desse ano, Never Sorry, documentário da cineasta Alison Klayman, que conta a trajetória de Wei Wei batendo de frente com o governo repressor de seu país.

 

Talvez ser poderoso signifique ser frágil 

 

Vemos no filme o dia a dia do artista e a escalada dos fatos que culminaram na sua detenção pelas autoridades chinesas e seu posterior sumiço por 81 dias. Ai Wei Wei foi isolado, torturado e vigiado por uma suspeita de sonegação de impostos. Devolveram-no à liberdade em troca de seu silêncio e uma série de proibições, mas do quê e o governo chinês tem medo?

 

 

Ai Wei Wei é personagem vital nos dias atuais por mostrar que a linha tênue entre a arte e o ativismo é cada vez indiferenciável. Suas obras enfatizam a crítica aos valores da sociedade contemporânea chinesa, refletindo temas como o consumo desenfreado, a exploração do trabalho e a escravidão em um país rico, porém pobre em direitos humanos.

O artista trabalha fazendo da sua vida um circo midiático que envolve twitter, blog, paródia de outro artistas, e muito mais.

Never Sorry, o documentário sobre Ai Wei Wei ainda não tem data de estreia no Brasil. Fez parte do programa do festival internacional do Rio e teve também uma aclamada sessão no CineSesc em São Paulo, mas não tenha dúvida de que o filme merece a espera.

Nas palavras do artista

A liberdade é uma coisa muito estranha. Uma vez que você a experimente, ela permanece em seu coração, e ninguém pode tirar isso. Então, como um indivíduo, você pode ser mais poderoso do que um país inteiro.

 

É tempo de mudança.

 

 

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