Pensei se deveria incluir esta nova-iorquina de 36 no seleto grupo das mulheres que fazem um som esquisito, já que seu som poderia ser considerado um rock’n roll mais tradicional. Bom, é necessário mostrar as justificativas de sua esquisitice, então vamos lá.

Marnie Stern toca sua guitarra num estilo chamado de tapping, que é dedilhando com as duas mãos, não parece fácil, principalmente quando que se sabe que ela é uma guitarrista autodidata, ao contrário, por exemplo, de Annie Clark (St. Vincent) que tem formação acadêmica.

Marnie diz que sofre por ser uma mulher tocando guitarra, ela achava que atrairia muita gente para perto dela, mas o resultado é o contrário, fora o preconceito masculino, ou inveja, adendo meu. Tanto que uma de suas músicas é intitulada de: Female guitar players are the new black.

A moça tem deixado muita gente de queixo caído, como em 2007, o The New York Times resumiu seu álbum de estreia, In Advance of the Broken Arm, como “o álbum de rock’n roll mais emocionante do ano”.  O Pitchfork também se rendeu, e o Venus Zine a elegeu a “Melhor guitarrista feminina de todos os tempos”.

Math rock, Noise rock, Indie rock experimental, não dá pra definir o seu som, mas suas influências são variadas: King Crimson, Television, Bruce Springsteen, Lightning Bolt, Deerhoof, Erase Errata, Yoko Ono, Don Caballero, The Who.

Além da banda espetacular que a acompanha, observe bem o rosto de menina que ela tem, ouça o som dos infernos que ela faz, aí você dirá: “Não é possível!”.

É esquisita. Convenci?

Álbuns:

In Advance of the Broken Arm (2007)

This Is It and I Am It and You Are It and So Is That and He Is It and She Is It and It Is It and That Is That (2008)

Marnie Stern (2010)

Nível de esquisitice: Alto
Imagem: Uma borboleta batendo as asas e provocando um tornado.

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