A noite não começou com a fofa da Sóley, e sim com o pianista e compositor Nils Frahm, o alemão de 28 anos tem como mentor ninguém menos que Nahum Brodski- estudioso de Tschaikowski. E sabe com quem o rapaz vai entrar em turnê agora? Ólafur Arnolds, mais um islandês incrível. Portanto, a noite começou muito bem!
O concerto de Nils durou uns 40 minutos e tirou suspiros e risos do auditório lotado do MIS. Lotado, sim! Ao contrário das outras atrações do ®NOVA até agora, os shows do último domingo tiveram os ingressos esgotados, e muita gente ficou implorando por um espacinho nos corredores laterais. Como os organizadores são BEM amigos, todos entraram para apreciar Nils e David Guilló, curador do evento, tocando piano. David está longe de ser pianista, mas o convidado exigiu delicadamente a presença de alguém no palco para acompanhá-lo, e lá foi o espanhol fazer o público rir e aplaudir!

Depois do intervalo para drinks, Sóley sobe ao palco e solta sua voz doce de islandesa. Em meio a comentários, piadas e agradecimentos, a garota de 23 anos encantou a plateia com o curto repertório. Ela explicou: “Essa é minha última música. Afinal, ainda não gravei tantas canções. Sou jovem, gente!” Isso não impediu o público de pedir bis, e lá veio ela de volta com seu vestido preto e o brinco colorido comprado no Rio, um toque de Brasil ao figurino da artista. “Smashed Birds” foi a música escolhida para o bis. Muito simpática e MUITO aplaudida, Sóley deixa o palco agradecendo ao público brasileiro que a recebeu com tanto carinho mais uma vez. A certeza é que há muito mais além de elfos, vulcões e neve naquela ilha gelada.

Confira trecho da entrevista com Sóley e, em breve, lançaremos o vídeo!

Soul Art: Você esteve no Brasil em 2010, naquela época você não parecia ser tão conhecida como hoje aqui no MIS, com todos os ingressos esgotados, como está sendo retornar e qual é a diferença da Sóley de 2010 para 2012?

Sóley: A verdade é que em 2010, eu estava fazendo meus primeiros 10 shows ou coisa assim. Estava muito nervosa e mal tinha repertório, estava tocando com o Sin Fang Bous. É muito legal ver mensagens no facebook de pessoas de toda a América do Sul. Não sabia que esse tipo de música chegava aqui tão longe. Por isso que iniciativas como o ®NOVA são importantes. Não teríamos a oportunidade de vir se não fosse o festival.

Soul Art: O seu último EP, Theater Island, parece ter um toque mais eletrônico, essa atmosfera de sonho que tanto comentam sobre sua música. Como foi trabalhar com elementos novos?

Sóley: Quando a gravadora me disse que queriam que eu lançasse um EP solo, percebi que teria uma liberdade maior para trabalhar com sons que eu gosto. Agora, eu me apresento com um baterista. Há duas canções do primeiro de EP em Theater Island, mas com uma sonoridade diferente. Hoje, tenho mais certeza do que gosto.

Fotos por Gabriel Alexandre

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