Sem inspiração
“Nomear um objecto equivale a suprimir os três quartos de prazer da poesia, que é feito de adivinhar pouco a pouco: sugeri-lo, eis o sonho.” (Stéphane...
A fogueira, o entulho e mais metáforas da roça
“Benditos os que nunca lêem jornais, porque verão a Natureza e, através dela, Deus.” (Henry David Thoreau)
Seja pelo cansaço ou pela preguiça, tenho...
Amigo Só
— O senhor é da família?
— Não. Sou só um amigo.
— ...
Fotografia por Mek
O médico disse mais alguma coisa, mas Ricardo nem ouviu toda a falaçã...
Indícios
Lá fora, a quadra, o espaço, o resto da alegria que o sol deixava sobre a cidade naquele outono comum: ali dentro, sentado naquele banco de madeira an...
Toda vez que o chão treme sob os meus pés
Eu já estava sentado no sofá. Olhei na direção dos colegas e houve um silêncio. Sorriam na minha direção e eu soube que era de mim que falavam.
“ – ...
Os banquinhos que cabem a cada um de nós
Que mistério pode haver nessas imagens indo e vindo na nossa mente? Que verdades haverá nessas vozes todas nos trazendo o passado? A vida que se teve,...
Entre a vaidade e a vergonha
Ainda que o “dizer” seja, para mim, uma necessidade assumida, às vezes, silenciar torna-se ainda mais visceral. O poder de que a escrita ou a fala nos reveste, pode nos tornar vaidosos demais e daí para os palanques ou para a autoajuda é um pulo.
Crônicas Urbanas: Para música as palavras
Para música as palavras, para escrever escuto.
Noite lavradora. Logo um piano tocará, palavras escreverão. Logo minhas mão serão tomadas.
Co...
Meu Buraco da Minhoca
Paramos o carro no viaduto entre a rua Santo Antônio e a Augusta, como de costume. Olhei para baixo da ponte, onde mendigos dormiam totalmente envolto...
Contos Ilustrados: Descoberta
Conto: Gabriel Lima | Ilustração: Filipe Rocha
Era impossível para Aline dizer o que a dominava naquele momento: o álcool ou a vontade repentina de...