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Gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, e transexuais. É incrível o quanto ainda falta progredir, e o quanto ainda existe gente desinformada sobre o assunto. Em pleno século da informação,  lidamos com a complicação, com a compilação absurda dos fatos, sobre um tema tão intimamente natural.

Quando se nasce GLBT, nem sempre se cresce sabendo disso. O conflito interno, muitas vezes, começa na adolescência – nas transformações do corpo, nas transformação da mente, no aflorar do coração, e é exatamente por isso que a absorção e a compreensão do tema podem vir acompanhadas de enganos. Fica fácil, por exemplo, transformar em “escolha” a descoberta tardia, quando não se compreende a sexualidade de forma geral.

Boas HQs encontramos aos montes em boas bibliotecas e livrarias. Mas boas HQs explorando a diversidade da sexualidade, são poucas. Por isso mesmo Mário César – autor e editor de histórias em quadrinhos – resolveu dedicar seu trabalho a uma parte em especial de sua vida.
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Mário já foi colaborador e um dos editores da Front Magazine, e é um dos desenhistas e coeditor de Pequenos Heróis – projeto criado por Estevão Ribeiro homenageando diversos super-heróis. Mário é responsável também pelo projeto EntreQuadros – retratando poeticamente a vida como ela é. Ciranda da Solidão é uma nova edição do projeto EntreQuadros, e também a primeira de temática GLBT produzida pelo artista.

Uma das histórias é autobiográfica – narra como Mário conheceu seu namorado. As outras mostram os conflitos e inseguranças de um adolescente em fase de descoberta, a eterna busca pela cara metade, complicações do fim de um relacionamento de longa data, e a luta de um velho portador de Alzheimer contra a fuga de suas lembranças do amor e sua juventude.

“A ideia do livro, além de contar boas e belas histórias, é tratar dessa temática gay de forma natural e respeitosa, sem cair em estereótipos preconceituosos tão difundidos por aí. Acredito que, quanto mais as pessoas verem que a homossexualidade não é um bicho-de-sete-cabeças, menores serão o preconceito e a discriminação. E no universo dos quadrinhos ainda há poucos exemplos de obras assim.”

A HQ, infelizmente, ainda é um projeto, e busca forças com financiamento coletivo pelo Catarse. As contribuições podem ser feitas a partir de 10 reais, e uma série de brindes é oferecida aos que ajudarem. A minha é claro, já foi feita, porque mal posso esperar para ler.

As doações podem ser feitas até o fim desta semana, basta clicar aqui.

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