Bruna Savini e Eduardo Martins usam fotografias em múltiplas exposições para produzir caderninhos de bolso

Alumeie a Terra

Para quem também é do clube dos apaixonados por itens de papelaria e caderninhos de bolso, são infinitas possibilidades que se podem adentrar em um universo de papel.

A ideia da série “Alumeie a Terra” é abrir esse portal, para expressar o que só nós sabemos sobre nosso interior, nossas histórias diárias, ideias, desenhos e sonhos, na aventura que é ser humano(a).

O projeto em questão consiste em traduzir artes autorais em uma série de cadernetas produzidas por Eduardo Martins – responsável pelas fotografias, e Bruna Savini – diretora de arte, dançarina e autora do projeto de encadernação artesanal Vermelho Terra.

Alumeie a Terra

Fotografia em múltiplas exposições até então guardadas

Nas capas, fotos analógicas inéditas, de múltiplas exposições, que foram tiradas por Eduardo sem saber que viriam a se tornar o que são. Tiradas em Pirénopolis (Goiás) e Brasília em 2018, são produto da experimentação com uma câmera cmeha 8m dos anos 70/80 que ficaram guardadas até Bruna resolver dar uma espiada.

A Bruna (que tem um trabalho de encadernação artesanal no projeto Vermelho Terra), se encantou com as imagens e textura do papel, me pediu para ficar com uma das fotos. “Dias depois, já estávamos com nosso primeiro modelo de caderneta em mãos”, comenta Eduardo.

Então os autores fizeram uma curadoria das fotos, desenvolveram um processo de escrita criativa, compuseram poesias inspiradas em cada uma das imagens que estariam nas capas dos caderninhos de bolso.

Alumeie a Terra

Collab Alumeie a Terra

Cada um dos caderninhos de bolso da collab entre os artistas é acompanhada de uma poesia, escrita à mão no interior das capas, que são artesanalmente costurados.

O projeto começou nesse ano, quando Eduardo Martins e Bruna Savini passaram a manter algumas trocas criativas, envolvendo vários meios de expressão como pintura, dança e poesia… Num desses encontros, revisitaram uma série de fotos analógicas, que trazem sobreposições de temas da natureza, texturas e luzes abstratas.

Conversando com o fotógrafo, ele nos conta que “a inspiração nos vem também do sentimento de querer produzir juntos, expandir nossa conexão, e colocarmos mais arte no dia a dia das pessoas, a série Alumeie a Terra expressa isso”.

A coleção conta com uma pequena triagem à pronta entrega, disponível para vendas. O miolo contém folhas lisas (sem pauta), em papel reciclado. Tamanho de bolso, 10x14cm, contendo 64 páginas. O envio é feito via correios ou entregue nas estações de metrô e trem (São Paulo e grande ABC). Para adquirir o seu, clique aqui.

Alumeie a Terra

A possibilidade de inserir arte no cotidiano

Por conta da pandemia, estamos todos mais tempo em casa, olhando para nós mesmos(as) e passando por mudanças intensas em diversos níveis. Dentro desse cenário, podemos facilmente adentrar diversos processos, mentais e emocionais…

“Inserir arte no cotidiano é nos (re)lembrar sobre a beleza e o cuidado, conosco e com o todo, algo muito pertinente para o momento na nossa opinião. Lembrar que existe espaço para a pausa, um respiro, tão necessários para arejar a mente e podermos contemplar com mais clareza o mundo à nossa volta. Poder expressar e organizar tudo isso em um lugar palpável nos torna mais completos”.

 

“No plantio do sentir

Fecunda ação

Do cerne irrompe

Faz voz anunciar

Faz corpo movimentar

Faz caminho florear.”

– Bruna Savini

 

O fotógrafo, por exemplo, utiliza um caderno para desenvolver a escrita poética, como terapia, e para registro de ideias, ao passo que Bruna tem diversos cadernos: sketchbook, livro de imaginação, caderno de aprendizados espirituais etc.

“Uma experiência agrega na outra, uma foto complementa um texto, uma música inspira um desenho, o amor costura nossa jornada. Dia a dia, somos estimulados com informações, a ideia é firmar isso também, trazer para Terra. E nisso um caderno é um forte aliado, assim como a fotografia. Concretizando visões, arte e boas ideias” – Eduardo Martins.

Alumeie a Terra

Sobre os produtores da Alumeie a Terra

Eduardo Martins é um jovem artista de Ribeirão Pires, explorando os universos da fotografia, escultura, escrita poética e atualmente se dedicando a panificação artesanal.

E a Bruna é lá de São Paulo, na Penha. Uma artista com um sólido trabalho como designer e ilustradora. Com dois livros infantis publicados, e prestes a lançar o terceiro, também faz encadernações artesanais no projeto Vermelho Terra.

A artista vê a construção de uma identidade artística como um exercício diário e natural. Observando o que lhe faz vibrar, se perguntando o que dialoga consigo de maneira profunda e, com isso, agregando vivências significativas, que lhe moldam. Cada referência, estética e/ou conceitual, também se soma a esse processo – cercar-se de inspirações é valioso! -, e a relação dos seres com a natureza tem sido um grande tema e motivação para as suas criações autorais, onde devolve ao mundo tudo que lhe atravessa, através de uma ótica particular.

Com o tempo, a prática e observando um histórico de produções, foi percebendo essa “persona” se formar: um caminho de cores, de formas, de escolhas, posicionamentos e de expressividade, que reflete a sua jornada pessoal e confere personalidade às produções, de modo que permite adentrar novas plataformas, carregando esse conceito próprio, e ao mesmo tempo permitindo que essa identidade artística permaneça em constante evolução.

Se quiser conhecer o trabalho dela, pode clicar aqui.

 

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