Andrey Rossi reúne suas obras para mostrar a ação da transformação e a ação do tempo.
A exposição Laboratório Clandestino ficará em cartaz até 25 de outubro. São 29 obras, sendo 24 inéditas, divididas em quatro assemblages, que são diferentes materiais incorporados em uma peça para criar um novo conjunto, sem desconstruir o sentido original. As pinturas e os desenhos revelam uma relação de corpo entre homem e animal. Segundo o artista, Andrey Rossi, seus personagens são retratados em “constante necessidade de reinvenção, traçando uma linha tênue entre a vida e a morte, uma ambivalência entre a destruição e reconstrução e a busca por um corpo”.
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Suas obras possuem uma linguagem forte e emotiva que fica evidente no contraste dos materiais e texturas utilizadas em suas composições, como objetos encontrados em terrenos baldios, nas ruas, caçambas de construção, ferro-velho, etc. Especificamente para a mostra foram utilizadas molduras antigas, em que as manchas do tempo, arranhões e fendas são conservadas para dialogar com as pinturas. “O suporte e os materiais utilizados não são meramente estéticos, são conceituais, justamente por se tratar de algo que foi descartado, “morto” e que é reutilizado. Eles possuem uma característica pictórica única, extremamente forte e expressiva”, explicou.
Apesar de ter apenas 26 anos, Rossi já possui obras expostas em grandes acervos institucionais como o do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e em importantes coleções particulares como na coleção Gilberto Chateaubriand e na coleção Coleccion Gomez Porsche, em Buenos Aires, na Argentina. Agora chega a região do ABC com Laboratório Clandestino, onde o autor procurou ressaltar um processo que valorizasse a ação do tempo e o que é o essencial com um ar de ilegal, de algo provisório, de passagem.
Para Thomaz Pacheco, galerista da OMA Galeria, receber as obras de um artista em ascensão reforça o crescimento do espaço dentro do cenário da arte paulista. “Essa mostra é resultado de uma parceria com a Galeria QAZ e estamos muito felizes por fazer um intercâmbio cultural. Promover um artista como ele em nossa região é uma honra”, afirma. A curadoria é assinada por Douglas Negrisolli.
Mergulhe neste mundo de formas e possibilidades:
A exposição é aberta ao público de segunda a sexta das 10h às 19h, aos sábados das 10h às 14h
Endereço: Rua Carlos Gomes, 69 – Centro – São Bernardo do Campo – A visitação é gratuita.
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