Salve salve, voltei esfumaçando geral!
Nessa sexta chuvosa e de muitos acontecimentos em minha vida, estamos aqui para falar do cabuloso:
Noriel Vilela, o carioca do Lins, também conhecido como Noriel Arantes, lançou seu álbum solo Eis o Ôme, em 1968 pela Odeon, no começo da era de ouro da umbanda e no meio da revolução artística negra dos anos 60 e 70, onde além do samba, o carnaval tomou o rumo do que é hoje.
Recheado de sambalanço, letras irreverentes e bem-humoradas, a voz do cantor é um baixo profundo com uma dicção única no samba. A cultura de terreiro, com seu imaginário e suas histórias, é determinante no trabalho de Noriel não apenas pela levada e pela sonoridade, mas também, pela temática religiosa fortemente presente em todas as faixas.
Bem gravado, com melodias e harmonias maravilhosas em arranjos de primeira, Vilela ganhou notoriedade como a voz de Dezesseis Toneladas, canção despretensiosa que, a não ser pelo vozeirão grave do intérprete, não lembra em nada seus outros trabalhos e nem está no disco Eis o Ôme.
Esse é o famoso dezesseis toneladas.
Sejam felizes e boa brisa!
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