Quando se fala em Mato Grosso do Sul, a alusão ao sertanejo e a cultura agropecuária é quase automática, para os mais alternativos, talvez alguns expoentes que compunham o movimento da lira paulistana apareça como representação cultural típica do estado, como Tetê e Alzira Espíndola.
Acontece que na verdade, o Mato Grosso do Sul é muito mais, e Vinil Moraes é a prova disso…
Buscando referencias alternativas a chamada “cultura regional”, oriundas do sertanejo e da música de fronteira, o jovem de 35 anos transcende o regionalismo e bebe na fonte do Brasil como um todo, do reggae ao samba de raiz, passando pelo maracatu, samba de coco e demais ritmos brasileiros do norte ao sul, construindo assim uma identidade singular para a sua obra musical.
Completamente na contramão da boiada, Vinil da o seu recado com o seu timbre rasgado e canto agressivo: Porrada é sempre no mesmo lugar, composta em parceria com Vitor Maia, aborda temas como preconceito, violência e marginalidade. A música é conhecida pelos frequentadores da cena alternativa, e ganhou agora uma versão de samba com lançamento pela internet nas principais plataformas de streaming. Conta com a participação de sambistas da velha guarda do samba do Mato Grosso do Sul, como Orlando Brito no violão de 7 Cordas, Adriano Praça na clarineta, Mestre Orlando no cavaco e percussão.
Porrada é sempre no mesmo lugar é a principal obra do cantor e compositor Vinil Moraes, e indispensável para quem quer conhecer o Mato Grosso do Sul para além das propagandas sobre o pantanal, pode ser ouvida nos links abaixo:
Spotify | Deezer
(Colaboração por Rômulo Baena)
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