O trem do rap nacional parou em 1999 na Estação Pirituba e abriu as portas. Como no fluxo de trabalhadores pela manhã, a Rapaziada da Zona Oeste invadiu o vagão, cantando refrões, rimando como Wu-Tang Clan, trazendo na mochila um jeito novo de se fazer rap. Este foi o impacto do clássico Todos são manos, bancado pela Cosa Nostra de Mano Brown, e que consolidou Helião, Sandrão e toda a família RZO como pilares da cena no Brasil. Disco pesado, de flow e de ideias, que contesta, denuncia e mobiliza, e, na faixa 13 (por coincidência), faz viajar. O som é Paz Interior, RnB com a doce voz da Negra Li.
Doce voz tem também Adriana Evans, que canta o neo soul Love is all around, canção usada pelo DJ Negro Rico como sample em Paz Interior. Foi o principal single do álbum de estreia da cantora americana, lançado em 1997 e batizado com o seu nome. Filha de uma cantora e um saxofonista, ambos músicos de jazz, Adriana Evans conta no disco com a produção e parceria do rapper Dred Scott. Música boa demais, algo como o som do D´Angelo em timbre feminino. O resultado é paz interior, em todos os sentidos.
Alguns sons essenciais para conhecer Adriana Evans:
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