Será que é um pouco tarde para falar de Amélie Poulain? Afinal, trata-se de uma obra lançada 12 anos atrás. Espero que não. Espero, na realidade, que nunca seja tarde para a doçura desse mundo particular e peculiar da introvertida menina francesa.
O fabuloso destino de Amélie Poulain, lançado em 2001, é um filme de Jean-Pierre Jeunet, com a interpretação marcante de Audrey Tautou. O filme mostra o cotidiano inocente e comum de Amélie, resultado de uma infância isolada pela superproteção do pai. O filme derrete qualquer um que seja sensível o bastante para reconhecer a “pequenez” da vida.
Foram 5 indicações para o Oscar e Globo de Ouro, além de outras 7 no BAFTA, conquistando premiações nas categorias de Melhor Roteiro Original e Melhor Desenho de Produção.
Com seu olhar ingênuo, Amélie nos faz questionar se seres humanos com tamanha facilidade em levar a vida já não estejam talvez extintos no mundo de hoje. Pergunto-me se talvez essa obra de Jean não seja na realidade um “conto de fadas da atualidade”. É praticamente um sonho imaginar corações de tamanha ternura ainda palpitando pelo mundo.
O fabuloso destino de Amélie Poulain, deveria ser de fato, o de todos nós. Que maravilhoso destino este, qual aprenderíamos todos os dias a regar os pequenos gestos, responsáveis pelas mudanças na trajetória da vida. No qual alimentaríamos os mistérios do amor com entusiasmo. Em que cultivaríamos a simplicidade de criança traquina ao lidar com a vida.
Este filme será um eterno manual de ternura. As cores, o cenário, a fotografia, a trilha sonora e os personagens, pequenos detalhes sublinhando os pequenos prazeres da vida.
O destino de Amélie começa após encontrar uma caixa escondida no banheiro de sua casa e se constrói proporcionando novo olhar à forma que encaramos nossas perdas, paixões, medos, amores e a importância que damos ao outro. Que tal um destino como o de Amélie?
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