Lançado em 1964, Song for my father é considerado até hoje a grande obra-pima de Horace Silver. A faixa-título é uma das composições mais interessantes e marcantes de sua carreira e serviu de inspiração para muita gente, até mesmo para Madlib (produtor, DJ, rapper e multi-instrumentista, que fez ótima releitura). A base criada pelo baixo e a bateria são a atmosfera ideal para os solos de Silver e Joe Henderson. Outro tema contagiante é “The Kicker”, composto por Henderson.
Horace Silver
Um dos mentores do hard bop, Horace Silver tocou com Stan Getz, Coleman Hawkins, Lester Young, Art Farmer, Milt Jackson e Miles Davis, e teve uma associação marcante com Art Blakey e os Jazz Messengers. Formou seu próprio quinteto em 1956 e desde então trabalhou bastante com esse tipo de formação, sendo um dos principais líderes de pequenos conjuntos. Passou quase trinta anos associado ao selo Blue Note. É compositor de vários temas que ficaram bastante conhecidos.
Horace Silver ficou associado ao estilo pianístico conhecido como “funky”. Inspirado no soul e no gospel, o jazz funky se caracteriza por uma repetição obstinada de figuras rítmicas sincopadas. Os improvisos são mais longos do que no bebop. As composições frequentemente possuem uma forma estruturada em seções. Os sopros e metais comparecem desempenhando a função de moldura para a seção rítmica.
Silver é um pianista de toque duro, entrecortado e percussivo. Sua música é vigorosa e fortemente rítmica. É um excelente intérprete de blues. Entre os descendentes musicais de Silver e de seu jazz funky podemos incluir Herbie Hancock e Wayne Shorter.
Fonte: eJazz
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