Entrando em uma nova fase, a Zé Bigode Orquestra lança nesta sexta-feira (11) o segundo disco de carreira, intitulado “Clube da Fumaça”. O álbum conta com dez faixas ao todo, sendo que oito delas possuem letra e vocais, marcando o que o público pode esperar para os próximos trabalhos do grupo.

“A ideia desse disco surgiu a muito tempo atrás, antes mesmo de existir a Zé Bigode Orquestra, e tinha como peça chave a fumaça como comunicação e conexão entre os seres humanos, já que é utilizada em vários rituais religiosos como mensageira assim como a música, que também é uma a mensagem. A fumaça é algo muito ambíguo, é construção, desconstrução e reconstrução, basicamente está presente em tudo da nossa sociedade, a gente vai cozinhar e sai fumaça, acontece um incêndio e também sai fumaça e assim por diante desde a antiguidade, o famoso sinal de fumaça já era comum, uma forma de avisar dos perigos e alertar a comunidade já que não tinha tecnologia nenhuma. Então, esse é o ponto, a ligação da música com a fumaça. A música é volátil e chega em todos os lugares, ela serve para unir as pessoas assim como a fumaça”, explica a banda.

O novo trabalho da Orquestra, ainda faz uma homenagem ao Clube da Esquina, grupo musical dos anos 60, que tinha como objetivo unir pessoas para fazer música e conversar sobre a vida. “A Zé Bigode é uma banda grande que representa união, cada um tem sua vivência como ser humano. Cada integrante foi criado em um lugar do Rio de Janeiro e isso se relaciona com o Clube da Esquina porque cada um traz sua bagagem e coloca na música, mesmo não escrevendo a música, mas só o fato de estar ali tocando e colocando o seu DNA já cria uma unidade que é vista no som, porque cada um deu um pouco de si deixando a música única”, afirmam.

A banda é formada por Daniel Bento (baixo), Eric Brandão (bateria), Victor Lemos (saxofone tenor) e Thiago Garcia (trompete), José Roberto Rocha (guitarra), Victor Hugo (percussão), Luana Karoo (voz) e Pedro Petrutes (teclados) e trouxe nesse disco parcerias de peso como BNegão, Curumim, Luciane Dom, Thiago França e Pedro Guinu, que também fez a produção das músicas. Para comemorar o lançamento desse novo trabalho, o grupo vai tocar no palco do Circo Voador, um dos maiores espaços culturais do Rio de Janeiro. Desafiando as classificações de gênero, as faixas transitam entre a música brasileira e o jazz, o reggae e o afrobeat, e o agora convida o público a dançar em um verdadeiro bailão rítmico e cheio de groove.

Ouça o álbum:

Sobre a Zé Bigode Orquestra:

Iniciada em junho de 2016 por iniciativa de José Roberto com o objetivo de democratizar o acesso à música instrumental para os mais variados públicos, a banda desafia as classificações de gênero, transitando entre a música brasileira e o jazz, o reggae e o afrobeat. Naquele mesmo ano, foi lançado o EP de estreia, “Zé Bigode”. O trabalho foi bem recebido e chegou à segunda posição como melhor EP de 2016 no Genius Awards. Já em maio de 2017 viria o primeiro álbum completo, “Fluxo”. O disco ampliou a sonoridade da banda e entrou para a lista de 50 melhores lançamentos do ano divulgada pela conceituada Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

2018 trouxe o single “Impulso”. No ano seguinte, a Zé Bigode Orquestra lançou o remix “Amalá Adubado”, assinado por Buguinha Dub e experimentando novas sensações para a faixa de destaque no álbum “Fluxo”. Naquele ano também se apresentou no Blue Note Rio, com um show em tributo ao disco “Exodus”, do cantor jamaicano Bob Marley, que teve participação da cantora carioca Luciane Dom. Desse show surgiu a ideia de gravar um álbum visual com releituras de quatro músicas de Marley, registrado ao vivo em vídeo no lendário estúdio Toca do Bandido e contou com as participações das cantoras Luana Karoo, Luciane Dom e Clara Anastácia. Por fim, em 2019, o grupo lançou o clipe e single “Tikulafe”, inspirado por Fela Kuti.

 

Selo Peneira Musical

Idealizado pela cantora, compositora e empresária Elisa Fernandes, a Peneira Musical (diverse lab) é um selo musical, subselo da Urban Pop, que conta com a distribuição da ADA (agregadora do grupo Warner). A Peneira Musical (diverse lab) é um laboratório de diversidade. Criado em 2020, tem a missão de potencializar – principalmente – a criatividade de mulheres, pessoas pretas e LGBTQIAP+ que se expressam através da música, com o objetivo de fazer com que esses artistas cada vez mais tenham suas vozes ouvidas e amplificadas, ocupando espaços que lhes foram negados por séculos. A Peneira Musical é Elisa Fernandes, Zerzil, Alexandra Pessoa, David Alfredo, Ana Sucha, Lienne, Maíra Garrido, Laura Canabrava, Fernando Procópio, Kristal Werner, Vittória Braun e Rafael Lorga, entre outros.

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