“Qual mensagem você quer vestir?”
Foi pensando em cada detalhe que Nobru CZ customizou à mão as peças que compõe a Coleção SPPARIS 22 e carregam uma mensagem única.
O artista se comunica através da pixação, uma tipografia endêmica das ruas e do submundo de São Paulo e em disputa com a alta costura de Paris. A coleção também propõe tensionar a devastadora indústria da moda, frente ao capitalismo e ao colapso ambiental, e o enquadramento do pixo perante a lei como crime ambiental. Assim, leva para a passarela um visual impactante e de resistência, SPPARIS 22 é um manifesto e uma fissura.
A Selo Fértil te convida para experienciar o desfile da Coleção SPPARIS 22 – do artista Nobru CZ. No próximo sábado, dia 11 de dezembro às 17h no Ateliê Aberto 358, uma antiga escola no Cambuci que hoje é ocupada por dezenas de artistas em mais de 20 ateliês e neste dia estará aberta para visitação.
Serviço SPParis 22
Coleção SPParis 22
Desfile em 11/12/21 às 17h
Atelier Aberto 358
Rua Justo Azambuja, 358 Cambuci
Sobre NOBRU
Bruno Martos Teixeira (1984) é um cronista multimídia arraigado no extremo leste de São Paulo. Suas obras narram histórias de tal modo que transporta as pessoas no tempo e no espaço. Sempre querendo mostrar o que estava acontecendo nas entrelinhas de um show, uma pixação, uma lenda.
Quem o conhece sabe que é verdade e que faz isso de diversas formas, já produziu documentários, videoclipes, álbuns, trilhas. Escreve, conta, canta e pinta.
Ele é quem quebra o silêncio.
Ainda criança, Nobru CZ viveu uma forte imersão no universo das artes. Com apenas 12 anos, influenciado por sua mãe, Doroty Martos, passou a compor a ala show-mirim da Escola de Samba Gaviões da Fiel, onde anos depois integrou a bateria da agremiação participando de desfiles, shows e apresentações em várias cidades do país.
O movimento Hip-Hop veio em paralelo, com a mesma potência e encantamento. Em meados de 1993 o álbum dos Racionais Mcs “Raio X do Brasil” disparou um gatilho no artista. Sua avó Mercedes Martos, que era poetisa e escritora, foi quem o auxiliou nas primeiras composições. Já o primeiro contato com a tinta foi através do avô Aurélio Ballesterio, que pintava quadros e faixas para o movimento social. A pixação já fazia parte do seu cotidiano, na escola e na rua, mas foi no final dos anos 90 que Nobru entrou para um coletivo de pixadores intitulado MARGINAIS – MRGS ali começou um mergulho profundo no movimento.
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