Há quem diga que o exílio não é boa coisa, porém há quem diga que é essencial ir para poder voltar – como cantaria Gilberto Gil em Back to Bahia. E foi justamente no exílio em Londres, que Caetano Veloso criou, há 40 anos, um dos mais magistrais e irretocáveis álbuns da história da música popular brasileira, o Transa.
Com arranjos épicos do também tropicalista Jards Macalé, o álbum traz sete impecáveis faixas que fazem dele, um dos 10 maiores álbuns da história da música brasileira, segundo a revista Rolling Stone. E nada explica, tampouco os arrepios, a perfeição das composições, nem o que se sente ao ouvir os arranjos tão brasileiros e nada folclóricos das canções, a gaita de Ângela Ro Ro e os belos gritos de Gal Costa. É para se ouvir se joelhos e olhos fechados.
Já nesse ano, a gravadora Universal – antiga Phillips –, que segue uma parceria com o músico há 45 anos, homenageará Caetano pelas suas sete décadas de vida. Primeiro com o relançamento da jóia em forma de disco, o álbum Transa, em duas versões. Além do disco com canções remasterizadas e alguns áudios inéditos, o LP seguindo o projeto gráfico inicial, de Aldo Luiz, o discobjeto em preto, vermelho e prata.
Junto ao relançamento de Transa, a Universal planeja ovacionar o baiano. Ainda sem nome definido, a gravadora organizará um show-tributo a Caetano que trará sete artistas nacionais e sete internacionais, todos reencontrando e reinventando as músicas do criador da Tropicália. Também será lançado ainda esse mês A Tribute to Caetano Veloso, um álbum com novos cantores cantarolando as velhas e belas canções de Caê. Uma bela homenagem ao artista que transcendeu a música.
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