Ao escutar o som do Dj e produtor musical Bassnectar, logo nos primeiros segundos percebemos que trata-se de um som diferenciado. Seja pela sensação que nos remete a uma atmosfera distante, como em filmes distópicos, onde o caos e desordem de um futuro próximo é representado por ruínas, escuridão, ficção científica e tecnologias tão desenvolvidas ao ponto de nos causar medo. Mas, em nosso caso, diria que todo esse cenário poderia ser representado pelos graves e beats de um submundo sinistro que o cabeludo por trás da mesa faz questão de criar.

E por falar em cabeludo, quem diria que um dos mais antigos e respeitados artistas do cenário EDM (Electronic Dance Music) começou tocando guitarra em banda de death metal? Talvez daí se explique o fator peso de sua música. Tudo se iniciou em uma comuna da Bay Area em São Francisco, local de nascimento e formação de Lorin Ashton.

Aos 10 anos de idade, Ashton só queria saber de gravar filmes com a câmera de seu pai. Como sempre gostou de exercitar sua criatividade e tinha interesse em tudo que era criativo e diferente, comprou uma guitarra e aprendeu a tocar sozinho. Durante o primeiro ano do ensino médio, além da guitarra, aperfeiçoou seu domínio de batidas em um conjunto de tambores artesanais e começou a incorporar o ritmo complexo do samba brasileiro em seu repertório. Nessa época também se envolveu profundamente com a cena death metal dos anos noventa.

Em 1995, foi em sua primeira rave que ficou instantaneamente ligado à música eletrônica e toda a sua cultura. Nos anos seguintes, tornou-se extremamente mais envolvido, promovendo shows, distribuindo alimentos e dando assistência aos eventos. Comprou discos e, finalmente, começou a aprender as técnicas de Dj. Depois estudou produção de música eletrônica e não parou mais de produzir ao ponto de se tornar o Bassnectar que conhecemos hoje.

A amplitude do seu novo álbum é impressionante, Vavá Voom foi lançado em 2012 e  tem sido aclamado pela crítica. Com faixas que variam de lindos épicos melódicos para bangers e raps experimentais, apoiados em batidas de percussão e linhas de baixo tensas. Bassnectar usa e abusa de todos efeitos que o dubstep proporciona e fez de seu novo álbum um sucesso de vendas.

Não entendeu ainda? Aperte o play!

 

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Do metal ao dubstep. Durante toda a sua carreira, Bassnectar fez questão de se manter independente: lançando os seus próprios trabalhos, produzindo as suas próprias festas e fechando as suas parcerias. E acima de tudo sem se esquecer do lado social das artes, promovendo a caridade em seus eventos. Pode estar tocando nos maiores festivais de música do planeta, mas o espírito punk do do it yourself permanece em sua alma.

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