Tem muita gente que diz que vai ao cinema somente para se divertir e que se ficar pensando em questões técnicas, vai acabar deixando de lado a magia de se entreter com o filme. Claro, todos nós nos divertirmos com o cinema. Acima de tudo, como qualquer arte, ele está aí para trabalhar com as mais puras emoções de nossa alma. Seja para nos fazer rir ou chorar. Porém, não tem como deixar de lado o olhar clínico para a coisa.
As pessoas não sabem (ou fingem não saber) que o lado técnico da produção — planos, enquadramento, montagem, cortes na edição, melhor uso da luz — é imprescindível pois auxilia o diretor na hora de enfatizar quaisquer sensações ao público junto ao roteiro do filme. Para os mais encanados, durante a análise de um filme, não é apenas apontar “se” ele foi bom ou não, tem que explicar o “como” e “por quê” dele ter sido tão interessante. Afinal, nada foi produzido em vão. Há uma explicação técnica, lógica e psicológica para tudo.
Um grande exemplo disso é esse estudo abaixo sobre o único ponto de perspectiva e enquadramento que o diretor Stanley Kubrick usou em importantes sequências de cenas de alguns clássicos. Dizem que quando você trabalha unicamente com planos simétricos, você gera certo desconforto visual em quem está assistindo, como se algo estivesse errado na cena ou necessitasse ser feito. Aí eu pergunto, será que Kubrick queria nos deixar desconfortáveis?
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