Fotografia: Hudson Rodrigues | Texto: Luan Magustero
Crônicas Urbanas: Silêncio, canção e silêncio
(Adormeci, e ao meu lado violão. E antes do sono me apoderar, sonhei: à espera de um sopro. Dormi um sonho imemorável. Foi apenas escuridão, tocastes para mim silenciosa melodia, e que canção! Era fim de tarde e o crepúsculo se desnudava do sol, e imaginei o pélago da noite. Olhei o violão e me contastes o nome da canção: madrugada do silêncio).
Uma estrela despencou no meu peito, a luz do falecido, encontrastes outro céu tardio, para luzir a morte, a vida e teu fruto. E ouvi a sinfonia: pouso do sonho mais lindo: o derradeiro da última nota do dedilhado sumindo, com o nada, juntos: o descansar da canção é o toque mais alto e resplandecente do silêncio, do teu início.
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