… salve salve remanescentes do apocalíptico fim do mundo de 2012, chegou a hora não de rever os filmes favoritos ou se desgastar nas filas pós-praias, mas de abrir os olhos, instigar a imaginação e se preparar para mais de 300 dias cinemágicos.
O ano já começou bem para o cinéfilos e românticos de plantão. Para quem não está se segurando na poltrona, já já estreia o clássico da literatura francesa de Victor Hugo: Os Miseráveis (Les Miserables).
O livro foi publicado em 1862, a história foi legitimada e se tornou um clássico não apenas da literatura francesa, mas um marco da escrita e do apelo social. Agora, depois de muitas adaptações ao cinema, teatro e musicais, finalmente chega, com um elenco estrelar, o Musical Os Miseráveis, dirigido por Tom Hooper.
A trama passada na França do século XIX nos conta a história do injustiçado Jean Valjean (Hugh Jackman). O personagem, que vivera e crescera na miséria, é condenado a 19 anos de prisão logo após roubar um pão para alimentar a família que morria de fome. Numa época de crise, batalhas e miséria, a França era alvo constante da fome, da injustiça e da morte. O que hoje seria considerado um pequeno furto, naquele século poderia até resultar em prisão perpétua, e a partir disso começa a luta de nosso heroi.
Jean Valjean fica livre, porém o ex-condenado passa a ser perseguido em liberdade por Javert (Russell Crowe), que o reconhece da época da prisão e passa a trama tentando prendê-lo. Muitas histórias ocorrem ao redor de Valjean, como a paixão da jovem Cossete (Amanda Seyfried) por Marius (Eddie Redmayne), depois de uma infância sofrida. Porém, o que tornou a obra de Victor Hugo única é o valor social e revolucionário da história.
Hugo não fala apenas da situação na França diante da Batalha de Waterloo, ele denuncia a miserabilidade dos personagens e a luta por justiça. O autor fala da alma humana e dos anseios diante da injustiça política e social da época. Jean Valjean representa uma inquietação do mais fraco que vive num turbilhão de emoções, pois ele questiona o regime e toma iniciativas mesmo que bruscas para representar um grito daquele que pode sim ter novas escolhas.
De cunho social e de novos ideais, essa incrível obra ganha uma adaptação cantada, que reflete em cada nota a tristeza da perda de uma batalha à esperança de que a crença humana e a paixão pela luta podem mudar em qualquer tempo.
Para manter as boas vibrações em 2013, nos resta por enquanto aprender que a esperança se mantém viva a partir do momento em que se crê e se luta por um ideal, seja ele ter um pão para matar a fome, cuidar de um animal, respeitar uma criança ou simplesmente entender que cada ”miserabilidade” não é algo imutável, mas algo que nos instiga a agir e a repensar o mundo em que vivemos.
Os Miseráveis
Quando? 1 de fevereiro
Onde? Varios cinemas
Quanto? Preços variados
Mais informações: http://www.osmiseraveisofilme.com.br/
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