Após o jantar de domingo resolvi descançar no sofá da sala e observar o que assistiam na televisão. Sem nenhum propósito, basicamente jogar tempo fora enquanto fazia a digestão.
Era intervalo de uma tal revista eletrônica, assim chamada pelos apresentadores, não entendo dessas modernidades, mas, o que realmente me chamou atenção, foi um comercial do novo carro da Renault, o Sandero.
Muito bem editado com conceito moderno, fizeram uma montagem utilizando de “stencil art” em muros e fotografias do carro pela cidade. Achei bem bacana e caí na reflexão de que as agências publicitárias buscam cada vez mais nas ruas, ideias e referências, para elaboração e realização de campanhas. Aí eu pergunto: São táticas para fisgar, colocar na coleira e transformar os jovens modernos em novos consumidores ou a clientela está cada vez mais difícil de se agradar e obrigam os publicitários a ir atrás de novas fontes de inspiração?
E não é apenas esse comercial da Renault, se observamos em todos os meios de comunicação vamos ver empresários, políticos e comunicadores, abrindo cada vez mais espaço para as ruas, como se fossem grandes vitrines comerciais.
Enfim, por falar em fonte de inspiração e referência artística, resolvi citar algo sobre Banksy. Eu acho que 90% das pessoas que troco informações conhecem ou já ouviram algo sobre Bansky. Se você, infelizmente não conhece, aqui fica uma parte.
Banksy é um artista inglês, nascido em Bristol no ano de 1975. Seus trabalhos são facilmente encontrados pelas ruas de londres e em albums no orkut/myspace/flickr de milhares de fãs pelo mundo. Sua identidade é incerta, não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo e como todo artista da rua, os pais de Banksy não sabem da fama do filho e acham que ele é algum tipo de decorador ou pintor.
Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero.
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