Conheça a história, referências e projeções do DJ e pesquisador musical, Sid Saci
Por trás de uma discotecagem bem feita existe uma ampla pesquisa musical, uma bagagem robusta de referências e a habilidade de transformar tudo em festa: características que se concentram no DJ Sid Saci.
Com ele tudo começa em jazz, e se desenrola em groove, jazz juzzion, MPB, clássicos do underground brasileiro, até chegar no hip hop, do qual também se pode esperar rimas de respeito.
Todo esse apanhado de ritmos se definem em uma única sensação: liberdade. Sid Saci tem a habilidade de juntar diferentes países, raízes, grooves e beats, promovendo uma simbiose entre o que se toca e quem ouve.
“Não é uma palavra, é um sentimento. Pelo que a gente vive e já viveu, a opressão do capitalismo e os obstáculos que enfrentamos quando tentamos seguir um caminho alternativo como artista, usando os diversos formatos que sobram para nós”, comenta Saci.
Só um instrumento da música
Segundo ele, o DJ é só um instrumento da música. “A música foi feita e o DJ faz a mistura, a união de estilo e tudo mais. Cada um tem suas próprias referências para fazer com que o público enxergue a vibração daquilo que está sendo transmitido por quem tá na seleção”.
Levando a onde for a bandeira da união, Saci vive o coletivo. Toda sua trajetória como músico sempre foi conduzida por mais de duas mãos, levando aqueles que estão do seu lado junto para onde chegar, tudo para oferecer ao público uma performance completa que possa oferecer uma experiência de interação profunda.
“O que eu sou, além de DJ, minha vida, minha trajetória, quem está do meu lado, a forma como eu levo minhas experiências, faz com que eu imprima essas expressões na minha música”, comenta o DJ.
De onde vem Sid Saci
Vindo de uma família conturbada do ABC Paulista, que não concorda e julga suas escolhas, Sid Saci teve muita dificuldade de estar no jogo, de ser reconhecido como profissional da música e se posicionar nesse espaço.
“Quando eu assumi ser músico, minha família me julgou como drogado, hippie e vagabundo, mas eu assumi essa bronca e busquei salvação através da música”, comenta o artista.
E sua salvação veio através do som, com referências que começam com Gabriel o Pensador, além de outras bandas de rock, que o acompanharam ao longo da adolescência e ensinaram questões essenciais sobre sociedade, racismo, homofobia e feminismo. “Pra mim, o mercado da música foi um acolhimento”.
Posicionamento como seletor musical e DJ
Até entender o jogo, Sid Saci teve dificuldade também em entender com quem se relacionar, como transformar a curtição num posicionamento claro como profissional e fazer de uma sequência de músicas um fio condutor de uma experiência completa.
Obstáculos que logo foram superados, através de um objetivo claro em propagar informação, misturando músicas antigas com novas e mostrando que o espírito da arte e da cultura é vivo e essencial para todos.
“Quando eu toco, gosto de músicas antigas, contemporâneas e prévias de lançamentos, misturando o que tem de novo e clássico”, explica Saci. “A música me traz para espaços e pessoas que me preenchem, peneirando meus defeitos e me mostrando os caminhos que eu quero percorrer. Não é só ser DJ, é viver dentro disso e ver que tem gente que se interessa e que se esforça pra ver o melhor acontecer”.
Atualmente, Sid Saci assina a coluna musical da SOUL ART do Spotify, com publicações semanais nomeadas de SOUL ART Sounds. Além disso, assina a produção executiva e curadoria do NAGOMA, websérie produzida também pela SOUL ART com foco em proporcionar um DJ via YouTube para festas e confraternizações.
Na noite, Sid Saci também organiza a festa SOUL FA, que acontece uma vez por mês na Praieira, espaço cultural onde se encontram artistas do ABC Paulista em Santo André.
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