Para quem não pode estar de malas prontas para curtir as férias de julho na Europa, ou fazer aquele tour amigo com os queridos vizinhos muchachos, não se apavore e separe a pipoca com tequila pra curtir o 8º Festival de Cinema Latino-Americano entre os dias 11 a 18 de julho em São Paulo.
Com filmes para todos os gostos, o Festival Latino-Americano apresenta desde documentários até animações. Com o intuito de mostrar a diversidade cultural, o cinema torna-se a ferramenta que promove a unidade entre os países da América Latina, que ao longo dos séculos discutem o que nos torna povos irmãos, apesar de certa unidade linguística, mas cheio de diferenças sociais e culturais.
Na programação deste ano uma oportunidade para rever os filmes brasileiros do Cinema Novo, como Vidas Secas (1963) de Nelson Pereira dos Santos, Feira de Banana (1972/73) de Guido Araújo, e o renomado Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) de Glauber Rocha.
Dos contemporâneos, a vida e obra do artista mais cômico do Brasil nas últimas décadas, Mazzaropi (2013) de Celso Sabadin. Da diretora Maria Clara Escobar, Os dias com Ele (2013) apresenta memórias de um jovem cineasta que mergulha no passado de seu pai, preso e torturado na ditadura militar. Já A ópera no Cemitério (2013), de Juliana Rojas, conta a missão de Deodato, o aprendiz de coveiro que toca órgão na igreja, a procurar as famílias dos mortos.
Na América Latina não pode faltar música, assim, em Amor Crônico (2012), Jorge Perugorría acompanha a turnê da bela cantora cubana CuCu Diamantes. Já Moda de Viola (2013), de Reinaldo Volpato, destaca a raiz brasileira em documentário sobre a importância e o contexto sociocultural da moda de viola de raiz.
Dos temas políticos, Nostalgia da Luz (2010), de Patricio Guzmán, retrata no Chile um lado da pesquisa astrônoma no deserto do Atacama em contraposição aos restos mortais de prisioneiros políticos da ditadura que secam ao sol. Outro destaque para o filme New Gaza (2013), de Rita Martins Tragtenberg, que conta a história de um jovem obrigado a viabilizar uma fábrica coreana no Bom Retiro, nos quais trabalhadores bolivianos produzem bandeiras de Israel e EUA para vender a manifestantes.
O homenageado desse ano é Guido Araújo, realizador da Jornada Internacional do Cinema da Bahia, criada em 1972, sendo um dos festivais mais antigos do país voltado ao documentário e para o cinema de caráter político social. Dos seus filmes em destaque do Festival Latino-Americano se encontram Feira de Banana (1970), Festa de São João no interior da Bahia (1978) e Lambada em Porto Seguro (1990).
A diversidade brasileira em meio à pluralidade de nossos vizinhos, recriando uma América Latina cinematográfica, permeia todos os dias do Festival com um clima que só os povos latinos conseguiriam criar.
8º Festival de cinema Latino-Americano
Quando? De 11 a 18 de Julho
Onde? Memorial da América Latina, Cinemateca Brasileira CineSesc, CINUSP Paulo Emílio e CINUSP Maria Antônia
Quanto? Não resta dúvidas que é GRÁTIS
Programação: http://www.festlatinosp.com.br/2013/filmes.php
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