Fotografia: Hudson Rodrigues | Texto: Luan Magustero
À vista primeira nada se justifica, as certezas e os porquês o espírito se abdica, espontânea cizânia que o olhar mal conduz beatifica, do encontro uma estrela surge e misteriosamente no céu se finca. A reciprocidade sonhará mais tarde, nem importe talvez. Se se cruzarem no horizonte, o chão acomodará a timidez: olhos nos olhos podem ser mais ofuscantes que a luz do sol radiante.
Tudo morrerá em nós, ó amor meu!
O ser livramento
Enfim firmamento
No centro dançaremos no destinado coliseu.
Ó anjo pintor que estás só na plateia!
Dei-nos vida no retrato
Retires teus coloridos cristais da bateia
Partas e deixes sinais, e que encontrastes para sempre a pintura no assento.
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