Todo artista dos primórdios do blues, lá no começo do século XX, tem sua história cercada de lendas e mistérios. Sonny Boy Williamson (II) não passa batido. Das lendas que o cercam, a mais famosa é a de que ele estava presente na noite em que Robert Johnson, o “pai do blues”, morreu, 13 de agosto de 1938. Contam os historiadores que ele teria quebrado uma garrafa de bebida oferecida à Robert e alertado sobre o perigo de envenenamento. Robert – cuja lenda podemos falar em outra oportunidade – se emputeceu com Sonny e aceitou uma outra garrafa, o que acabou provocando sua morte.

Apesar de não estar entre o panteão dos bluesmen – que inclui o próprio Robert Johnson, Muddy Waters, Bessie Smith etc. etc. – Sonny merece ser conhecido de perto. Dá uma olhada em como ele maneja sua especialidade, a gaita:

Apesar do peso na gaita, Sonny tinha um jeito diferente de cantar, uma voz mais suave, longe dos graves dos medalhões. Um blues introspectivo e rústico, obrigatório:

Em 1963, em meio a década em que rockeiros ingleses de bandas como The Animals e Rolling Stones resgataram o blues original americano, Sonny Boy Williamson foi à Inglaterra para gravar com o Yardbirds, banda que revelou mestres da guitarra como Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page… O resultado foi um álbum lindo, difícil de achar pra download, mas com pérolas como essas aqui:

E viva o maior gaitista de todos os tempos!

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