A ilustradora e artista de rua chinela Luna Lee visitou São Paulo por algumas semanas. Nessa entrevista, ela fala um pouco de si mesma e do que viveu durante a visita na metrópole cinzenta.
Conta um pouco sobre a sua relação com arte. Como tudo começou?
Eu acho que tudo começou quando eu nasci. Quero dizer, eu não consigo pensar em algum momento da minha vida em que a arte não estivesse ali. Desde criança, sempre gostei de criar e isso nunca mudou. O desenho e o impulso criativo fazem parte de mim por completo.
Quando você descobriu a arte de rua como forma de se expressar? Como foi a sua primeira experiência no muro?
Estava procurando diferentes tipos de telas para pintar e ilustrar… Aí comecei a prestar atenção nos muros pintados na rua e disse para mim mesma: preciso fazer isso!
Bom, a minha primeira experiência foi uma bagunça. Eu realmente odeio meu primeiro muro! Foi o momento em que eu pensei, preciso tentar isso de novo e melhor porque, caso contrário, não faço mais isso. Eu escolhi a primeira opção.
Como é a sua relação com o muro?
Para mim, é como um outro tipo de tela. Não acho que seja a mesma coisa, mas tenho a mesma intenção no âmbito da criação. Além de tudo, é uma necessidade na minha vida. Preciso pintar na rua sempre.
Qual é a parte mais importante de preservar essa relação com a rua?
O mais importante é que as pessoas olham e gostam do meu trabalho ao passar por ela. Acho que as pinturas pela cidade são como um presente para as pessoas, entregam cor e arte para vida delas.
O que você acha da cena feminina em geral?
Acho que é uma boa cena. As que estão na rua são talentosas e criativas, mas não são muitas. Gostaria de ver mais trabalhos de meninas por aí.
Você visitou São Paulo recentemente. O que você absorveu da arte de rua brasileira? Existe alguma garota daqui que te chamou atenção?
Acho que os artistas brasileiros têm muito estilo. Me interesso por muitos artistas, tanto meninas quanto meninos. Gostei do trabalho da Simone Siss em especial, que faz stencil.
Como foi a sua viagem aqui no Brasil?
Foi linda! Eu amei conhecer lugares muito diferentes como Paraty, no Rio, era como o paraíso! Sobre São Paulo, me impressionei com a diversidade cultural da cidade. Andar pelas ruas e ver gente branca, negra, chinesa, japonesa… Isso é algo ainda muito recente no Chile.
Houve alguma experiência especial que você vivenciou em São Paulo?
Eu subi no topo do Banespão, no centro. Vimos a cidade inteira de cima e foi incrível! Esse passeio me fez enxergar o real tamanho de São Paulo e ela é realmente gigante. Como a Nova York da América do Sul.
Você fez uma estampa para uma loja independente de São Paulo. Como foi? Me conta um pouco desse trabalho.
Sim. Fiz uma colaboração com a Loja Além, de Pinheiros. Foi muito interessante porque era um estilo que não costumo desenhar com frequência. Foi um design para uma série limitada de camisetas. Além disso, pintei uma parede na loja e criei o flyer para a coleção de primavera. Adorei fazer esse projeto e o produto final ficou lindo.
Descreva São Paulo para você em uma frase.
Um imenso e lindo caos!
Entrevista, fotos e vídeo por Bela Gregório
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