O Rock In Rio deste ano trouxe o Samba não só como ritmo, mas também como sinônimo de resistência cultural.

Foto: Fábio Tito/G1.

Apesar de ter a sua imagem direta e erroneamente atrelada a só e tão somente só a folia, o samba é cunhado num contexto histórico de resistência desde o início dos tempos, sobrevivendo a anos de repressão e censura nos fundos dos quintais das Tias Baianas.

E fora isso que, mais uma vez, provara-se durante a sétima edição do festival Rock In Rio.

Na primeira noite de shows, precisamente no dia 15/09, o palco Sunset recebeu o espetáculo Salve o Samba, que reuniu Alcione, Martinho da Vila, Roberta Sá, Mart’nália, Jorge Aragão, Monarco e Criolo para uma verdadeira aula a respeito da história do ritmo.

O show contou com a abertura do Jongo da Serrinha, apresentando ao público as heranças culturais vindas de África. Passeou pela Mangueira, Portela, prestou homenagem à Luiz Melodia e desembarcou em São Paulo, com músicas de Adoniran Barbosa.

Porém, não foi só nesse dia de festival que o samba fora aclamado. O ritmo retornou aos palcos na apresentação da cantora norte-americana Alicia Keys em 17/09, dando, outra vez, uma aula de resistência e engajamento.

Alicia Keys, artista internacional, cantando com acompanhamento de instrumentos característicos do Samba.

Ela executou, ao lado de Pretinho da Serrinha, a música Kill Your Mama, com direito a cavaco, cuíca e tamborim.

A canção que trata da devastação do meio ambiente tornou-se ainda mais política quando deu lugar à fala de Sônia Guajajara. A líder indígena fez um apelo a mais de 100 mil pessoas pelas demarcações das terras da Amazônia.

Por essas e outras é que o Samba, de fato, cumpriu o seu papel no Rock In Rio. Ensinou, emocionou e conscientizou, da forma que deve ser e cumprindo a missão a qual fora destinado: Resistir, sempre!

 

O vídeo completo você confere abaixo:

 

 

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